Melhor do que pareço.

Quando repito a mesma música lenta e com letra fácil é porque não estou bem. E adivinhe, 1979 dos smash's não para de rolar na minha vitrola. Mas dessa vez não imagino desapego, solidão, sala escura, cortinas beges e você saindo pela porta de madeira de lei; tô sonhando acordada com uma sensação de andar de bicicleta bem, bem rápido, num chão com algumas gramas aleatórias, bem verdes, algumas flores amarelas e uma blusa vermelha, bem solta.

Isso me parece o caminho do topo, do teu encontro, da glória, do par.

Imagino até um castelo,

castelo de areia.

Frágil e esfarelado, sabe, o vulgo "vulnerável", não é mesmo?!

Você sabe melhor que eu.

Não é nem segunda, nem quarta. É terça-de-cinzas.

Beijos agora e depois.

Sinal verde

Os últimos dias foram dias de records à serem quebrados. Quebrados na parede do meu quarto, da mente, da cama.
Fechar os olhos e viajar em extensões de pensamento nunca foi tão utópico. Em 5 minutos estou em Londres, em 2 volto para o chão da minha cozinha. Triste fim ou bom começo?

Últimos dias me deixaram mais n'ativa. Mais esperta.
Seria difícil dizer que não tenho medo de cair, assim, de novo em amor.
Sei que o jogo é arriscado, é intenso, perfeito e denso demais. Cheio de idéias, combinações.

Itry, i try, i t r y.

Would you ever be my fucking boyfriend?

É de lágrima.

Faltam 3 dias para o Inverno.
Faz tempo que eu não conto os dias para algum acontecimento. O pior é que não vai acontecer nada dia 21. Eu só to querendo acreditar.
Talvez você apareça com um casaco nas mãos, cansado da ladeira, com um sorriso feliz em me ver, transpirando suor e saudade.
Dia 17 foi trágico, foi uma facada, foram 8 horas dentro de um frigorífico. Sem botas, sem meias, sem pés.
Não sei se tenho mais desejo em te ver como meu cúmplice ou se desejo não te desejar. Dói tanto querer que uma flor cresça em um lugar sem adulbo. Sem vida.
Tenho que arranjar uma maneira de fugir desse marasmo, preciso seguir com meus dias, preciso não contar mais os minutos. Preciso parar de te esperar. Esperar quem não vem.

Cada vez mais a situação piora. As vezes é bom se perder.
Mas acho que meus pedaços estão em você. Preciso achá-los. Preciso remontá-los.

"Eu vou derramar nos seus planos o resto da minha alegria."

Linhas de dedos cruzados.

"Sobre estar só, eu sei, nos mares por ande andei.

Devagar, dedicou-se mais, o acaso a se esconder,

e agora, o amanhã, cadê?"

Em uma de minhas aulas de Técnica Vocal (tenho muito orgulho de as fazer e me entrgar a isso) minha professora (Dear Vanessa) me disse que a banda sempre toca mais baixo que o vocal, isso é regra, todos os profissionais sabem.

Bom, eu não sabia.

Acho que é esse desiquilíbrio que me assombra,

que nos assombra, literalmente.

O segundo plano está "tocando mais alto" do que os princípios básicos,

nada está em ritmo normal, tudo está embaralhado e, de certa forma, péssimo.

Demora não, vai ver o acaso entregou alguém pra lhe dizer o que qualquer dirá.

Parece que o amor chegou aí, eu não estava lá, mas eu ví.

Vício de não viver

Queria ter tido sorte e aproveitado aquela avalanche. Ter derretido junto com as geleiras do ártico, do sádico.
As imagens passam rápido, ainda mais rápidos que os clicks.
Seria crônica minha doença?
Seria longo o teu olhar?

Oh céus,
logo eu que sempre fui tão cruel.
I'm your hands, baby.