domingo, 26 de abril de 2009

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Oitavo dia da semana.

Saudações para ninguém.

Domingo é macabro, você quer pedir ajuda mas não sabe pra qual direção gritar,
e a que lhe convém nem sempre é das melhores ajudas, talvez sejam até desajudas. Deusa? Judas?
Whatever.
Hoje até aproveitei pra ouvir coisas depressivas que não tenho coragem de ouvir no passar da semana, senão eu congelo, desanimo, pauso.
É um saco ser movida por notas, por coisas esmagadas, como o tempo e as frutas podres, como eu, esmagada, podre.
Uma luz artificial na minha frente, na realidade, não ilumina nada. Não trás nenhum conforto de visibilidade, não trás clareza. Talvez a fumaça que sobe às nuvens digam mais do que as fumaças que fazem os pneus dos segundos sob minha face. Indo tão rápido, tic-tac.

Eu queria ter concretizado aquelas horas que passaram tão devagar,
eu queria ter deixado ela ler além de minhas mãos, ler a mente, o coração. Na sua frente.
Eu queria ter chorado desesperadamente desde o primeiro segundo que desabei calada. Ter desenrrolado todos os panos amarrados internamente, queria ter fratura exposta.

Posso ter me deixado um pouco de lado mesmo estando só,
e ter dito que seria feliz, fingiria o sorriso e sairia da sala de estar dando pulos.
Todavia, continuo feliz, uma felizarda sofrida, esquecida e nem um pouco arrependida.

Me deixa só,
mas me deixa só ao teu lado,
enquanto eu achar que é o suficiente.

"talvez soubesse esconder e fingir muito bem uma dor."