segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sobre estar só eu sei.

Correndo pelos corredores, ocorrendo a sensação. Uma vitória é troféu de sorriso, que já perdi. Pregos, martelos e chão pisado, de um novo mundo, com um novo rumo. Ação, reação, produção. Todos esses aumentativos que diminuem as chances de encontro me iludem. Me enchem de esperança instantânea, dinheiro inflável. Insuportável. Meu precioso trem da alegria perdeu-se nos trilhos das horas, tão impróprias quando meus desejos utópicos.

Palavras de conforto já nem ouço mais,
sentimento de culpa se desfaz,
paz amor ou paz nunca mais.

domingo, 11 de abril de 2010

Strange people in the area.

Sei lá, quantas informações,
quanto pacto.
Impacto é fato,
porém, provocá-lo...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Multifacetada

Agenda, nome que assusta. Vivo dela, sigo ela e quase a respiro. Cheguei a conclusão que meu fundo de garantia é não ter garantia. Brigar pelo horário, devorar os números e discutir informações. Ouvir mentiras e ter de fingir acreditar nelas, é tão não-minha-cara que acabo não conseguindo fingir. Óbviu. Noites a fio, pessoas de lã, grossas. Lã fria existe? Se forem mesmo pessoas, sim. Observo atentamente o autoritarismo em frente a mim, berrando com os pulmões de guerra, alimento, remédio, cura. Onde? Nem vejo. Baralho, embaralho e não ganho, troféu não se vê. Estou atrasada com os papéis, casada com o ponteiro e amante do afago.

Preciso de tempo para mim.
Preciso de tempo pra dormir.
Preciso de verba, diversão e sexo.

Tenho que arriscar uma vulgaridade inteligente singular.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sintomas.


Uma noite pra quebrar os paradigmas do passado. Quis relembrar, quis forçar a barra e ver se o coelho saía de uma vez da cortola mágica, só saiu gafes, sapos e grilos. Tentei realmente pular o muro de concreto, gelo, intacto, imóvel. Nem me movi. Não pude, o inimigo-amigo hipnotizoume num ato totalmente insano de: paralizia.

É quase complicado, porém fácil demais pra quem se esforça.
Não se esforçar é mais fácil, porém, é complicado.

Ânsia, desespero, ponto de interrogação.

Acho que preciso de novidades.

Acho que quero esquecer.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

As grandes muralhas de dúvida tornam-se pó, após uma ação alheia esclarecedora.
Te faz pensar que sempre o que você pensa nunca é o que o outro está pensando.
Analisando falhas no sistema, chego a um grau de imersão do profundo foco da questão:
Quem é incerto? O que é concreto?
Amamos perdidamente a ilusão autroista, pensando ser egoísta achando uma só razão.
Um suspiro de alívio, seu amor, meu melhor amigo.
Um conserto de retalhos, transformando um reparo em utópico delírio.
Transbordo a indecisão em mel, doce e infinito como o céu.
Céu este que cai em brasa, fluindo as brigas pela sala, o inferno com nuvens,
dentro da minha casa, nossa casa, minha arma.
Lutando contra o relógio, paradigma do óbviu, sua angústia, minha espera.
No seu mundo, a minha esfera.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O silêncio nada confortável.

Há quem diga que o amor não exige de nós mesmo, pois há também quem diga que amor é relativamente igual à lei de talião: "Olho por olho, dente por dente", sabe-se que essa lei que vigorou 1780 a.C. ainda reina, parcialmente. Na mente dos frios, no aterro dos quentes, na média dos medianos - sempre neutros.

O que me faz entrigar, na realidade, é não saber como o amor é visto pelo meu amado. Digo, como é vivido, interpretado. Sinto que não sinto inteiramente essa troca. Sinto que é troco. É pouco.

Eu me decoro, imploro, invento o tempo, reinvento um compasso de nós para desatarmos, e..-nada. Nada acontece. É tão novo, porém parece tão pré-histórico. Eu e o meu homem das cavernas. Sem energia. Sem sinergia.

Além de descobrir quem é o responsável pelos meus segundos milenares, eu tenho de descobrir quem é o ladrão dos meus sonhos. Preciso aplicar a lei da babilônia: enquanto vítima e agressor ocupassem o mesmo status na sociedade, enquanto castigos fossem menos proporcionais de litígios entre os estratos sociais: como blasfêmia ou laesa maiestatis ( contra um deus, monarca, ainda hoje, em certas sociedades), crimes contra um bem social foram sistematicamente punidos como pior.

Preciso precisar do que é preciso com a exata precisão do imprevisto.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.