As grandes muralhas de dúvida tornam-se pó, após uma ação alheia esclarecedora.
Te faz pensar que sempre o que você pensa nunca é o que o outro está pensando.
Analisando falhas no sistema, chego a um grau de imersão do profundo foco da questão:
Quem é incerto? O que é concreto?
Amamos perdidamente a ilusão autroista, pensando ser egoísta achando uma só razão.
Um suspiro de alívio, seu amor, meu melhor amigo.
Um conserto de retalhos, transformando um reparo em utópico delírio.
Transbordo a indecisão em mel, doce e infinito como o céu.
Céu este que cai em brasa, fluindo as brigas pela sala, o inferno com nuvens,
dentro da minha casa, nossa casa, minha arma.
Lutando contra o relógio, paradigma do óbviu, sua angústia, minha espera.
No seu mundo, a minha esfera.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O silêncio nada confortável.
Há quem diga que o amor não exige de nós mesmo, pois há também quem diga que amor é relativamente igual à lei de talião: "Olho por olho, dente por dente", sabe-se que essa lei que vigorou 1780 a.C. ainda reina, parcialmente. Na mente dos frios, no aterro dos quentes, na média dos medianos - sempre neutros.
O que me faz entrigar, na realidade, é não saber como o amor é visto pelo meu amado. Digo, como é vivido, interpretado. Sinto que não sinto inteiramente essa troca. Sinto que é troco. É pouco.
Eu me decoro, imploro, invento o tempo, reinvento um compasso de nós para desatarmos, e..-nada. Nada acontece. É tão novo, porém parece tão pré-histórico. Eu e o meu homem das cavernas. Sem energia. Sem sinergia.
Além de descobrir quem é o responsável pelos meus segundos milenares, eu tenho de descobrir quem é o ladrão dos meus sonhos. Preciso aplicar a lei da babilônia: enquanto vítima e agressor ocupassem o mesmo status na sociedade, enquanto castigos fossem menos proporcionais de litígios entre os estratos sociais: como blasfêmia ou laesa maiestatis ( contra um deus, monarca, ainda hoje, em certas sociedades), crimes contra um bem social foram sistematicamente punidos como pior.
Preciso precisar do que é preciso com a exata precisão do imprevisto.
O que me faz entrigar, na realidade, é não saber como o amor é visto pelo meu amado. Digo, como é vivido, interpretado. Sinto que não sinto inteiramente essa troca. Sinto que é troco. É pouco.
Eu me decoro, imploro, invento o tempo, reinvento um compasso de nós para desatarmos, e..-nada. Nada acontece. É tão novo, porém parece tão pré-histórico. Eu e o meu homem das cavernas. Sem energia. Sem sinergia.
Além de descobrir quem é o responsável pelos meus segundos milenares, eu tenho de descobrir quem é o ladrão dos meus sonhos. Preciso aplicar a lei da babilônia: enquanto vítima e agressor ocupassem o mesmo status na sociedade, enquanto castigos fossem menos proporcionais de litígios entre os estratos sociais: como blasfêmia ou laesa maiestatis ( contra um deus, monarca, ainda hoje, em certas sociedades), crimes contra um bem social foram sistematicamente punidos como pior.
Preciso precisar do que é preciso com a exata precisão do imprevisto.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Especial pro meu amorzinho.
Convergência evolutiva
Num click de verdade
Superei a realidade
De um modo surreal
Perdi a noção das horas
E procuro na memória
Seu semblante matinal
Acho em meio tempo
O vento e o bom senso
Alastrando o batimento
Acelerado e impessoal
Fez-se um, dois corpos
Duplicando os esforços
De um amor à temporal
Encontros cardíacos
Dos pontos cardiais
No norte, suspiro forte
Buscando litorais
O coração de mais alguém
Entrelaçado por sul distante
Trocando por saudade
O que antes era amante.
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